Eu já falei, no post de alguns dias atrás (clique aqui para ler) que precisamos começar a discutir, com seriedade, sem populismo e pensando no futuro em não apenas em nós mesmo, a previdência social.
Hoje quero falar sobre o tipo de país que queremos. O Brasil tem tido uma diminuição da industrialização, clara e a cada dia mais crítica. A participação da indústria na produção nacional (PIB) vem diminuindo ano após ano. E isso passou a se tornar mais crítico nos últimos anos, com o crescimento da China - que compra mais commodities agrícolas e mineirais do Brasil - e compete de forma injusta com nossa indústria, no mercado externo e interno.
A verdade é que, durante a ditadura militar, existia uma política de estado - mais do que de um governo específico - de "substituição de importações", incentivando de várias formas a produzir internamente o que antes se importava. Mas na nova fase democrática, os governos nunca tiveram ações muito fortes de valorização do nosso parque industrial. Mas veio a hiper-inflação, depois o Collor abrindo o mercado às importações de forma intempestiva e seguiram-se governos sem foco na indústria.
Agora, a coisa está ficando crítica. Com o dolar no valor baixo atual, com o Brasil crescendo muito o consumo e com o PIB industrial brasileiro diminuindo (veja essa matéria), o que acontece é que precisamos importar mais para atender esse consumo. E chegamos a um resultado que não tinha acontecido "nunca antes na história do Brasil": estamos ajudando os EUA a sair da crise, e nos colocando em uma, ao comprar mais deles do que vendendo (confirme nesta matéria).
Um país só cresce quando produz coisas de maior valor agregado. A Europa e o Japão são ricos e não exportam ferro ou alimentos: exportam principalmente produtos industriais de alto valor. É hora da sociedade brasileira pensar no que quer ser no futuro e pressionar os governos para ações que nos ajudem a chegar lá.
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