Sou muito fã de futebol. Não há esporte coletivo mais imprevisível que o bretão. E a grande graça do futebol é essa: nos outros esportes, e você tem muito dinheiro e uma boa direção, dificilmente deixará de ganhar. No futebol, as vezes, um bando de jovens desconhecidos destroem times ditos "matadores". E isso é fantástico.
No último fim de semana tivemos um exemplo disso. Não acompanho futebol europeu, porque acho que temos que dar valor para o que é nosso. E se começarmos a ficar acompanhando a liga européia, só enfraqueceremos ainda mais nosso já decadente futebol. Mas é lógico que soube que Barça e Real, os mais ricos e, sem dúvida, melhores times do mundo, caíram frente a duas zebras nas semifinais. E que na final, o pior time, que fez o possível para não deixar o time alemão, muito superior, jogar, acabou levando o título, na casa do adversário, que se esmerou em errar coisas que não podia errar em um momento como esses. E assim, mais uma vez, o futebol surpreende e teremos um time inglês no mundial interclubes.
No último paulista fiquei muitíssimo feliz pelo meu time. O Santos foi tri-campeão. Aliás, o Santos foi campeão com o melhor ataque e tendo o Neymar com números quase inacreditáveis: artilheiro, maior assistente, maior driblador, maior posse de bola, jogador que mais fez passes e que mais fez desarmes (eu também achei incrível, mas se você duvida, vide aqui).
Com mais este título, meu time garante-se como o maior campeão, disparado, deste milênio, tendo tantos títulos quanto SP e Curintia juntos. O Santos também passa o Palmeiras, sendo o terceiro maior campeão paulista desde que nasci. O maior campeão na minha vida, a torcida do time do mal, que sempre se acha demais, me desculpe, foi, lógico, o São Paulo.
Mas esse último paulista também me deixou feliz pelos times de Campinas. Se o futebol é uma caixinha de surpresas este último paulista teve a feliz surpresa de termos os times de Campinas novamente em destaque, depois de décadas de decadência. Quando criança, sempre soube que tinha os quatro grandes, mas também tinham os médios, aqueles times com estrutura e com torcida diferenciada dos demais: Portuguesa, Ponte e Guarani. E é muito bom ver os times de Campinas de novo entre os líderes, principalmente o Guarani, que teve um tenebroso 2011 e quase fechou por absoluta falta de verbas. Como o futebol é uma caixinha de surpresas, o bugre ressurgiu, tal como a Fênix, das cinzas. E montando um time barato, do zero, em três meses conseguiu se colocar frente a frente, de igual para igual, em dois jogos ótimos nas finais contra o Santos. O bugre jogou bonito, limpo, e mostrou que merecia mesmo estar lá na final. Se não ganhou, é porque do outro lado tinha um Neymar inspiradíssimo. Mas o time do Guarani e, em especial, seu técnico merecem muitos parabéns. Fico agora torcendo para o bugre conseguir embalar e voltar a primeira do brasileiro, de onde nunca deveria ter saído.
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Guarani, saudades do guarani, o do interior, porque o da capital está caindo cada vez mais.
ResponderExcluirGosto do Neymar, ele será o grande destaque do Brasil na Copa.
Gostaria de ver Santos x Corinthians na Libertadores.