quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aos meus grandes professores

Sou muito crítico com professores irresponsáveis, que deixam seus alunos sem cuidados e sem aulas por greves muitas vezes com somente motivações políticas. E também critico as bobeiras educativas, que tanto andam prejudicando os jovens de hoje.
Mas isso não quer dizer que não sou grato aos meus professores. E queria nominar aqui os mais memoráveis, muitos dos quais não tenho contato há décadas, mas que adoraria poder abraçar e dizer um grande obrigado!
Vou começar falando de quatro professoras do Ateneu Brasília, em Santos, onde estudei do maternal à quarta série, lá no início dos anos 70. Uma pequena escola, mas que me ensinou a ser um bom aluno...
Tudo começa com a Tia Tânia, que foi minha amada professora do pré, e teve a sensibilidade de indicar que eu deveria entrar um ano antes do previsto no primeiro ano (coisa que os educadores de hoje não conseguem entender, vide aqui).
Na primeira série tive a Tia Carmem Lúcia, carinhosa, doce, e, ao que me recordo, bonita. Ela me introduziu ao mundo das letras, com seus ditados cheios de "na outra linha, parágrafo, letra maiúscula".
Na segunda tive uma das maiores responsáveis por ter conseguido fazer uma excelente faculdade: a "brava" tia Catarina, também diretora da escola. Foi com ela que decorei toda a tabuada, algo do qual me orgulho até hoje. Tudo decorado com lições enormes, repetindo cada tabuada dezenas de vezes. Valeu muito!
Na quarta a tia Eliane me apresentou ao mundo das equações, com quadradinhos ao invés de X. E com ela descobri que teria dificuldade em alguma coisa: inglês. "Good morning, class. Good morning, Miss Kelly. This is the pencil. That is the pen".
Entre quinta e oitava estudei no Olavo Bilac, escola municipal santista. E a professora mais marcante foi, sem sombras de dúvidas, a Alice Maria, de português. Ela dava aula com prazer. E sem falsa educação, nos ensinou logo ao adentrar no quinto ano, onde ficava o "mijatório"... Foi ali que aquela imagem da tia angelical se transformou na imagem de uma professora, mulher normal.
No nível médio, que cursei no excelente Colégio do Carmo, em meados dos anos 80, os destaques eram o Iba, o professor de química doidão, que fumava e bebia, e dizia se transformar em Samanta após as 22hs. E que dava uma ótima aula. E o Duarte, de física, sério e rígido, que jogava a caneta de quem quer que fosse pela janela (terceiro andar) se a pessoa fosse escrever enquanto ele explicava. E que odiava o Uno, que ele chamava de botinha ortopédica e adorava usar como símbolo de ponto material.
Na faculdade, a professora mais marcante foi a Cecilia. Doce, educada, responsável, preparava as aulas bem, mas dava provas também "marcantes". Cecilia que me acompanhou por mais que 12 anos como professora (depois mestrado e doutorado) e que hoje é minha "colega" de trabalho. Mas não posso deixar de falar também no Franzin, o cara que mostrou como era o mercado de verdade e nos presenteava com seus incríveis conhecimento e experiência e no Ari, o professor mais "alegre" da matemática, com seu ouvido biônico, seus comentários brilhantes, suas aulas incríveis e suas provas impossíveis!
À todos vocês, e também à vários outros que não tive como citar, para não fazer um texto gigante, meu muitíssimo obrigado. Valeu de verdade!

Bobeiras educativas:

O que as escolas não ensinam
- Psicologismo agudo
- Um tapinha não dói
- Que tal trabalhar para ganhar?
- Salário ou responsabilidade?
- Idade inicial
- Português correto: alunos  e educadores
- Não ser meritocrático
- Foco em universidades
- Trote: vide aqui
- Bullying: primeiro post aqui, com novo comentário aqui
- Aprovação automática: vide aqui
- Novos conteúdos: vide aqui
- Flexibilidade:  vide aqui
- Livros didáticos

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