Eu gosto muito de viajar através da Netflix. Suas produções feitas ao redor do mundo nos deixam conhecer um pouco de todo o mundo. Ao longo dos próximos posts vou falar de séries australianas, polonesas, alemãs, russas, islandesas, espanholas, francesas e japonesas, pelo menos. E assim, mesmo com essa pandemia, vamos conhecendo um pouco do mundo.
Hoje vou falar de uma série finlandesa, que superou minhas expectativas. Deadwind. São duas temporadas, com início, meio e fim, como acho interessante. A série é baseada em dois investigadores de polícia, Karppi e Nurmi, tentando desvendar, a cada temporada, uma trama criminosa. E as tramas são muito bem boladas, cheias de nós, surpresas até o último capítulo, enfim, uma excelente série policial.Mas a série vai muito além disso. Desde "A gata e o rato", que assistia lá nos anos 80, que levou o para o estrelato Bruce Willis com sua atuação fantástica, não via um casal tão bem construído. Repetindo a gata e o rato, é óbvio que eles se interessam um pelo outro, mas questões as mais variadas vão os impedindo de ficar juntos o tempo todo. Essa tensão entre "fazer o certo" e "ceder ao coração" está sempre presente, mas de uma forma muito mais densa, angustiada que na versão dos anos 80. Aliás, essa característica dos personagens é surpreendente: densos, angustiados, cheios de problemas e com muita dificuldade para ser felizes. Não há como negar que ambos tentam ser boas pessoas, mas acabam acumulando muitos erros, como parceiros, amigos e pais, o que mostra uma realidade bem diferente daquelas visões de bonzinhos e maus de filmes mais rasteiros.
Fecho a análise com a questão da Finlândia: não sabia praticamente nada sobre esse país, mas saio da série entendendo bem melhor o que é morar em um país tão frio, conhecendo um pouco das paisagens da Finlândia e de sua capital, sua língua e seu povo. De forma não profunda, minha impressão é de que é um pouco com uma cultura mais seca, pouco aberta, angustiada e com muita dificuldade para ser espontâneos e sorrir. Por fim, um ponto positivo é a atuação do casal principal, em especial da Karppi, a linda atriz Pihla Viitala, que é magistral na interpretação da sua personagem tão complexa, cheia de traumas, dores, se enterrando no trabalho para fugir da vida.
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